9 de dezembro de 2011
Paraenses vão às urnas para decidir sobre divisão do Estado em três
BRASÍLIA - A população do Pará vai às urnas neste domingo (11) decidir se o Estado será divido em três - Tapajós, Carajás e Pará - ou se permanece como está.
O Estado possui cinco milhões de eleitores aptos a votar. Todos terão que responder a duas perguntas "Você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado de Carajás?" e "Você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado do Tapajós?".
O número 77 corresponde à resposta "sim" para qualquer uma das perguntas. E o número 55 será usado para o "não".
Caso a maioria dos eleitores sejam a favor da divisão, o Congresso terá que discutir e aprovar uma lei, que pode ser sancionada ou vetada pela presidente Dilma Rousseff. Caso a maioria seja contra, tudo permanece da maneira como está.
Para agilizar a contagem dos votos, foram distrubuidos 280 pontos de transmissão por todo o Estado. A expectativa do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará é de o resultado ser divulgado na noite de domingo.
Em novembro, o G1 publicou uma série de reportagens após percorrer o Pará por dez dias para ouvir o que o povo pensa sobre a separação.
Paraenses ouvidos pelo G1 que defendem o “não” afirmam que todo o Pará sairá perdendo com a separação.
Já os moradores de regiões distantes de Belém, como Marabá e Santarém, defendem que só um governo mais próximo poderá gerar mais emprego e melhorar a infraestrutura básica, diminuindo a pobreza e a violência.
Frentes de campanha
Para a divulgação do plebiscito e com o objetivo de controlar as verbas usadas na campanha, a Justiça Eleitoral do Pará obrigou que fossem criadas quatro frentes, capitaneadas por deputados federais, contra e a favor a criação de Tapajós e Carajás. As frentes pelo "sim" se uniram e passaram a trabalhar juntas. O mesmo ocorreu com as do "não". Mas a contabilidade é feita de forma separada.
“Cada frente tem um número de CNPJ e em todas as notas fiscais de produtos ou serviços e doações devem constar este número. Tudo o que foi arrecadado e gasto deve constar na prestação de contas”, afirma Vespasiano Loubin, da assessoria jurídica da presidência do Tribunal Regional Eleitoral do Pará.
Conforme o procurador regional eleitoral do Pará, Daniel Cesar Azeredo Avelino, os promotores e juízes eleitorais terão, como nas eleições de 2010, poder de polícia, buscando reprimir qualquer prática ou indício de propaganda ilegal.
Fonte: imirante.com
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